O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu que o acionamento remoto das novas câmeras corporais pelo Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) trará mais “governança” às gravações das ocorrências policiais. Isto é, será mais fácil fiscalizar o trabalho dos PMs. A declaração foi feita durante agenda na manhã desta quinta-feira (23).
Nesta terça (22), o governo lançou um edital para a contratação de 12 mil novas câmeras para a Polícia Militar.a gravação de vídeos pelo equipamento deverá ser realizada de forma intencional, ou seja, o policial será responsável pela escolha de gravar ou não uma ocorrência, segundo o documento.
No equipamento atual, não existe a possibilidade da gravação remota, e as imagens são capturadas de forma ininterrupta.
“Você tem a possibilidade de retroagir no tempo [nas novas câmeras]. Então, se houver um estampido, o Copom pode acionar a câmera com o tempo retroativo. Você tem uma governança muito melhor do que vai ser gravado, tem um compliance maior. Você sai daquela situação de ir para uma operação, acabar a bateria, e a câmera não filmar. Então, você vai passar a ter uma governança muito melhor, uma qualidade de imagem muito maior e um controle muito melhor das operações que vão estar em campo”, declarou Tarcísio.
O governador não deu detalhes de como a câmera consegue gravar mesmo desligada.
Questionado sobre o que pode acontecer caso um PM não acione a câmera durante uma ocorrência, o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite (PL), explicou que “o superior imediato ou até mesmo o Copom, de maneira remota, em qualquer local do Estado, independe de onde o policial esteja, vai poder acionar e rever o ato, no momento que ele quiser. [Será] um review que ele pode ver como se fosse um vídeo do Youtube, permite que ele volte mesmo com a ocorrência em andamento”.