O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), comentou nessa quinta-feira (29) as recentes denúncias de violações de Direitos Humanos na Baixada Santista, durante a chamada ‘Operação Verão’, da Polícia Militar.
Tarcísio afirmou que não interessa para a Segurança Pública matar criminosos, mas que a polícia está preparada para confrontos, se eles surgirem durante as operações.
“Interessa pra nós prender, porque, um criminoso preso, é uma fonte de informação. (…) o combate, infelizmente, é um negócio duro. A gente não quer o confronto, mas a gente está preparado para o confronto. E quem confrontar, vai se dar mal”, declarou.
A ação já deixou 38 mortos e, na noite desta segunda-feira (26), entidades como Comissão Arns, Comissão de Direitos Humanos da OAB/SP, Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CONDEPE), Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Instituto Sou da Paz, entregaram um documento ao Ministério Público apontando falhas graves da polícia durante a operação.
Entre as violações estão a execuções sumárias, invasões ilegais de domicílio e seis relatos de abusos policiais durante abordagens da Polícia Militar.
Ao ser questionado sobre o assunto, Tarcísio disse confiar no trabalho da PM e afirmou que o governo paulista “sabe como as pessoas daquela comunidade são pressionadas pelo tráfico de drogas pra dizer isso ou aquilo”.
“A gente está travando um combate contra o crime organizado que tomou espaços do nosso território. Esse combate é duro e difícil. É um combate que está sendo orientado por inteligência. Seria muito fácil pra nós ver o que está acontecendo – traficantes armados de fuzil, armados de pistola – e dizer ‘não vou combater’ porque isso, de repente, gera uma repercussão negativa na mídia. Tem uma pressão da imprensa e não quero essa pressão. E muitos fizeram isso no passado. Nós resolvemos: eu vou combater porque nós queremos devolver os espaços para o cidadão”, disse.
“Nós queremos limpar essas áreas da chaga que é o tráfico de drogas e a gente tem que entender o que isso representa. Porque todo mundo viu como o soldado Cosmo foi morto. Ou alguém tem dúvida? E a gente sabe como as pessoas daquelas comunidades são pressionadas pelo tráfico de drogas pra dizer isso ou aquilo”, completou o governador.
O governador acompanha durante a manhã, na capital paulista, a chegada do tatuzão à futura estação Vila Formosa nas obras de extensão da Linha 2-Verde do Metrô.
Para ampliar a linha, o governo paulista investe cerca de R$ 13,4 bilhões no projeto, que vai ampliar o transporte na zona leste de São Paulo e beneficiar diretamente mais de 300 mil pessoas por dia
Fonte: www.g1.globo.com