A iminente entrada da Suécia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), uma aliança militar internacional de defesa coletiva dos países membros, encurrala a Rússia no Mar Báltico. E isso tem tudo a ver com a guerra da Ucrânia.
Nesta segunda-feira (26), a Hungria aprovou a entrada da Suécia na Otan. Era a última das 31 aprovações que faltavam para a entrada oficial do país na aliança –todos os integrantes precisam autorizar a entrada de um novo membro.
Com a entrada da Suécia e da Finlândia (esta em abril de 2023) na aliança, o Mar Báltico está rodeado por países da Otan. Os dois países abandonaram a neutralidade e decidiram aderir à aliança militar depois de a Rússia invadir a Ucrânia, em 2022.
Mas o que isso significa na prática?
Como consequência, o presidente russo Vladimir Putin alcança exatamente o que procurou evitar quando iniciou a guerra –uma expansão da Otan, disseram líderes ocidentais.
Toda a costa do Mar Báltico fará parte do território da aliança – com exceção da costa da Rússia e Kaliningrado. Ou seja, no caso de um ataque russo, por exemplo, seria mais fácil defender os países bálticos. O Mar Báltico também é estratégico do ponto de vista comercial: é uma rota de acesso marítimo aos portos de São Petersburgo e Kaliningrado, ambos na Rússia.
“Quando se trata da Rússia, a única coisa que podemos esperar é que eles não gostarão que a Suécia se torne membro da Otan”, disse o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson. “O que eles farão além disso, não podemos saber. Estamos preparados para todo tipo de situação.”