Os pré-candidatos Datena (PSDB) e Pablo Marçal (PRTB) à prefeitura de São Paulo afetam mais a tentativa de reeleição do atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB) do que Guilherme Boulos (PSOL), de acordo com pesquisa Quaest.
A pesquisa divulgada nesta quinta-feira (27) mostra Nunes com 22% das intenções de voto dos eleitores paulistanos, Guilherme Boulos (PSOL) com 21% e Datena com 17%.
A Quaest entrevistou 1.002 pessoas de 16 anos ou mais, presencialmente, na capital, entre 22 e 25 de junho. A margem de erro é de 3 pontos percentuais. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos.
Nunes quer se consolidar como candidato do campo bolsonarista e avançar para pegar votos dos eleitores de centro, mas o desempenho de Datena e Marçal criam apreensão dentro da campanha do atual prefeito, porque os dois têm potencial de tirar votos desse público.
Segundo a Quaest, 34% dos que votaram em Jair Bolsonaro (PL) para presidente no segundo turno de 2022 votariam em Ricardo Nines, 20% votariam em Pablo Marçal e 17% em Datena. Desses, apenas 4% votariam em Boulos. Esse recorte mostra que este é um eleitor com perfil muito parecido.
Em um cenário apresentado pela pesquisa em que não há Datena e Marçal, Nunes cresce oito pontos percentuais, chegando a 30% das intenções de voto.
Se os dois não tivessem na disputa, a avaliação em torno do prefeito é de ele poderia ganhar no primeiro turno das eleições deste ano. A aposta é que os dois ainda podem desistir da candidatura até a eleição.
A pesquisa mostra Ricardo Nunes forte em alguns recortes como entre os que têm mais de 60 anos e com os que tem até o Ensino Fundamental. Ele também lidera a intenção de voto no segundo turno. Sua gestão é considerada boa por 31% da população paulistana, regular por 41% e negativa por 20%.
Além disso, 47% da população da cidade de São Paulo acredita que ele merece ser reeleito.
Já para Boulos, a pesquisa mostra que ele está consolidado como candidato da esquerda com apoio de Lula (PT), mas que ainda precisa avançar mais para os eleitores de centro, principalmente em um segundo turno, em que a pesquisa aponta que há maior dificuldade de ele vencer os principais candidatos.
Nos cenários de segundo turno, ele perde para Nunes (46% a 34%) e para Datena (43% a 35%), ganhando apenas de Marçal (41% a 30%).